segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Mata Atlântica
''Bela , sois natureza; Cercada pelo mar
 banhada pelo sol;
 Verde como uma esmeralda;
 Agraciada pelo seu criador, desabrocha , como uma flor.
 Seu verde que encanta e desperta sonhos mil, sois a bela Mata Atlântica ;
 Sois uma joia do Brasil !
 Rodeada de praias belas e de muitos contos, 
 Verde, vida, esperança;
 Que nos renova a cada momento, com suas roupagens maravilhosas e diferentes.
 Grande muralha verde que muitos enigmas esconde, tens a formula da vida ,
 Entre seus braços acalenta uma grande relíquia da criação divina."


-Ivone Borges Asnal 
Introdução
A Mata Atlântica é uma formação vegetal que está presente em grande parte da região litorânea brasileira. Ocupa, atualmente, uma extensão de aproximadamente 100 mil quilômetros quadrados. É uma das mais importantes florestas tropicais do mundo, apresentando uma rica biodiversidade.



As principais características da Mata Atlântica são:


- presença de árvores de médio e grande porte, formando uma floresta fechada e densa;
- rica biodiversidade, com presença de diversas espécies animais e vegetais;
- as árvores de grande porte formam um microclima na mata, gerando sombra e umidade;
- fauna rica com presença de diversas espécies de mamíferos, anfíbios, aves, insetos, peixes e répteis;
- na região da Serra do Mar, forma-se na Mata Atlântica uma constante neblina.



Fauna

Da mesma maneira, a fauna é muito rica. Segundo estudos realizados, a Mata Atlântica abriga 849 espécies de aves, 370 espécies de anfíbios, 200 espécies de répteis, 270 de mamíferos e cerca de 350 espécies de peixes.

Muito desses animais correm o risco de extinção: mico-leão-dourado, bugio, tamanduá-bandeira, veado, gambá, cutia, tatu-canastra, mono-carvoeiro, arara-azul-pequena, lontra, quati, anta, onça-pintada, jaguatirica, capivara, etc.




Flora

Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, na Mata Atlântica existem aproximadamente 20.000 espécies vegetais correspondentes a mais de 35% das espécies existentes no Brasil.

Estudos apontam uma grande diversidade de árvores por hectare, maior do que a encontrada na Amazônia peruana. Isso pode representar a maior diversidade de árvores por unidade de área do mundo!

Encontram-se bromélias, begônias, orquídeas, ipê, palmeiras, quaresmeira, pau-brasil, cipós, briófitas, jacarandá, peroba, jambo, jequitibá-rosa, imbaúba, cedro, tapiriria, andira, ananás e figueiras.

Segundo as pesquisas atuais, 200 espécies vegetais brasileiras estão ameaçadas de extinção sendo que 117 pertencem a esse bioma.




Espécies endêmicas em Extinção


É possível que muitas espécies tenham sido extintas sem mesmo terem sido catalogadas. Estima-se que 269 espécies de animais, sendo 88 de aves endêmicas da Mata Atlântica, estão ameaçadas de extinção. Segundo o relatório mais recente do Ibama, entre essas espécies estão o muriqui, mico-leão-dourado, bugio, onça pintada, tamanduá bandeira, tatu-canastra, arara-azul-pequena




Degradação da Mata Atlântica

A Mata Atlântica encontra-se, infelizmente, em processo de extinção. Isto ocorre desde a chegada dos portugueses ao Brasil (1500), quando iniciou-se a extração do pau-brasil, importante árvore da Mata Atlântica. Atualmente, a especulação imobiliária, o corte ilegal de árvores e a poluição ambiental são os principais fatores responsáveis pela extinção desta mata.
A Mata Atlântica é o bioma brasileiro mais ameaçado da atualidade. Um estudo feito pela ONG S.O.S Mata Atlântica e o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), apontou que o desmatamento foi de 235 km² entre os anos de 2011 e 2012. As florestas foram as mais prejudicadas pelo desmatamento com perda de 219 km² de vegetação. A vegetação de restinga teve perda de 15 km², enquanto os mangues perderam 0,17 km². Licenças para desmatamentos irregulares e a indústria do carvão foram as principais causas deste desmatamento. 
Dados mais recentes, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em junho de 2015, apontam que somente 14,5% da vegetação original (nativa) da Mata Atlântica permanece preservada. O dado positivo é que a área desmatada diminuiu de 88% para 85,5% entre os anos de 2010 e 2012.




Unidades de Conservação da Mata Atlântica


Na Argentina e Paraguai existem importantes unidades de conservação da ecorregião da Floresta Atlântica do Alto Paraná, que no Brasil estão resumidos ao Parque Nacional do Iguaçu, o Parque Estadual Morro do Diabo e o Parque Estadual do Turvo.
As unidades de conservação na província de Misiones, na Serra do Mar e no sul da Bahia constituem mosaicos de grande interesse na conservação, visto que formam os maiores remanescentes contínuos da Mata Atlântica. É proposto, para a manuteção da biodiversidade e de processos ecológicos chaves, a criação de corredores unindo as unidades de conservação de cada uma dessas regiões.